Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (1)
Estava à porta do Hotel Central em Lisboa quando encontrei o Eça. Contou-me da suas deambulações pela capital, e convidou-me para um passeio a Sintra, pois estava colhendo apontamentos para um novo romance, cuja acção também se desenrolaria naquela vila. O Eça disse-me para levar na minha maleta uma camisa pois iríamos lá passar uma noite. Sintra tem para mim e julgo que para todos os que a visitam, um encanto especial que nos leva a revisitá-la. Aceitei o convite e combinámos que iríamos no dia seguinte.
Saímos cedo de Lisboa e depois de uma légua percorrida por caminho ladeado por quintas e casas de fidalgos, entrámos em Queluz onde sobressai o seu palácio e jardins cuja construção se iniciou em 1758. Mas como nosso destino era Sintra não nos quedámos por muito tempo em Queluz, que visitaríamos no regresso, no dia seguinte. Percorrida mais uma dezena que quilómetros, aproximámo-nos de uma majestosa serra coberta de muito arvoredo e vegetação, no alto da qual, a Pena e o seu palácio, dominam toda a região.
Entrámos pelo caminho de S. Pedro de Sintra, que nos pareceu melhor conservado. Convém recordar que há um outro acesso à vila, um pouco mais à direita, em caminho irregular, íngreme e sinuoso, caminho tendo à esquerda algumas propriedades muradas e algumas casas de boa qualidade, bem cuidadas, diria mesmo de gente de dinheiro, enquanto à direita, nos debruçamos sobre a linda e extensa várzea de Sintra com os seus enormes terrenos de cultivo, pontilhada aqui e ali por umas quantas casas. Destes terrenos cultivados saem muitos produtos para abastecimento a Lisboa, e outros são vendidos em S.Pedro na sua mui antiga feira, que ali se realiza desde os tempos da ocupação cristã, e que é conhecida pela variedade e qualidade de produtos que ali se comerciam Como era domingo, dia de feira, foi com dificuldade que atravessámos a aldeia. A estrada é o local da feira, que é contida pelo casario lateral. Burricos carregados com cestas cheias de produtos hortícolas, aldeões de jaqueta e casaca, senhores e criadagem de tudo se vê nesta feira. E hoje estava especialmente concorrida. Finalmente aceleramos a marcha da carruagem no caminho da vila de Sintra.
Saímos cedo de Lisboa e depois de uma légua percorrida por caminho ladeado por quintas e casas de fidalgos, entrámos em Queluz onde sobressai o seu palácio e jardins cuja construção se iniciou em 1758. Mas como nosso destino era Sintra não nos quedámos por muito tempo em Queluz, que visitaríamos no regresso, no dia seguinte. Percorrida mais uma dezena que quilómetros, aproximámo-nos de uma majestosa serra coberta de muito arvoredo e vegetação, no alto da qual, a Pena e o seu palácio, dominam toda a região.
Entrámos pelo caminho de S. Pedro de Sintra, que nos pareceu melhor conservado. Convém recordar que há um outro acesso à vila, um pouco mais à direita, em caminho irregular, íngreme e sinuoso, caminho tendo à esquerda algumas propriedades muradas e algumas casas de boa qualidade, bem cuidadas, diria mesmo de gente de dinheiro, enquanto à direita, nos debruçamos sobre a linda e extensa várzea de Sintra com os seus enormes terrenos de cultivo, pontilhada aqui e ali por umas quantas casas. Destes terrenos cultivados saem muitos produtos para abastecimento a Lisboa, e outros são vendidos em S.Pedro na sua mui antiga feira, que ali se realiza desde os tempos da ocupação cristã, e que é conhecida pela variedade e qualidade de produtos que ali se comerciam Como era domingo, dia de feira, foi com dificuldade que atravessámos a aldeia. A estrada é o local da feira, que é contida pelo casario lateral. Burricos carregados com cestas cheias de produtos hortícolas, aldeões de jaqueta e casaca, senhores e criadagem de tudo se vê nesta feira. E hoje estava especialmente concorrida. Finalmente aceleramos a marcha da carruagem no caminho da vila de Sintra.
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