22.2.05

Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (2)

A caminho de Sintra, percorremos uma estrada ladeada de boas casas com enormes terrenos circundantes. Passámos frente à Igreja, de fundação medieval, recuperada por D. Álvaro de Castro em 1565. É uma igreja de uma só nave coberta por abóbada artesonada quinhentista, e revestida nas paredes laterais de magníficos azulejos azuis e brancos, de oficina lisboeta da 1ª metade do século XVIII, representando cenas da vida de S. Pedro. No interior da sacristia tem um Cristo em marfim de fabrico luso-oriental do sec.XVII.
Percorridos cerca de dois quilómetros entrámos na vila de Sintra, pelo lado sul tendo à nossa direita a enorme mata frondosa que se estende até aos rochedos do Castelo dos Mouros e pela frente um extenso vale verdejante com bastante casario. Sobressaem desta paisagem as duas longas chaminés do palácio da vila de Sintra.
A paisagem domina-nos pela sua exuberante beleza. O seu excelente microclima faz-nos suportar o verão, e que em Lisboa atingira os trinta graus. Aqui uma brisa ligeira e humidade suficiente, faziam a temperatura baixar cerca de oito graus. È esta característica do clima de Sintra que a diferencia de toda a província da Estremadura. Por isto foi escolhida pelos nossos reis para a instalação da residência de Verão.