Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (6)
Encetámos a nossa viagem de regresso a Lisboa, com uma paragem no Palácio de Queluz. A carruagem puxada por dois cavalos e conduzida por um cocheiro experimentado percorreu as pouco mais de duas léguas e meia, pelo caminho inverso da ida. Tempo para rever as paisagens e terrenos circundantes. Em pouco mais de hora e meia chegámos ao alto de Belas, e depois da descida, percorridos pouco mais de um quarto de légua avistámos o nosso destino. Aproximámo-nos pelo lado do nascente, passámos a ponte da ribeira do Jamor – que atravessa aos jardins do palácio – e eis que nos encontramos no largo de entrada deste excelente monumento. Foi o infante D.Pedro futuro rei D.Pedro III quem contratou o Arquitecto Mateus Vicente de Oliveira para transformar esta casa de caça do séc. XVII num palácio de Verão em estilo rococó. O corpo principal do Palácio, construído até 1758, concluiu-se depois do casamento de D. Pedro com D. Maria Francisca, futura Rainha D. Maria I (1760). Por esta altura, enobreceram-se os ricos salões, bem como os encantadores jardins, com os mais variados tipos de fontes barrocas, azulejos e estátuas de mármore coloridas e douradas, influência de modelos característicos ingleses, com predominância de figuras da mitologia clássica e alegorias das estações do ano. São excelentes locais de descanso, com enormes áreas plantadas de vegetação arbórea e áreas relvadas. Das estátuas jorra a água que cai em tanques com peixes de cor diversa.
Jean Baptiste Robillion foi o mestre francês responsável pelo magnífico Pavilhão Robillion, pelos arranjos exteriores e pela renovação. Visitámos aqueles espaços do Palácio graças à ajuda de um dos almoxarifes, meu conhecido de longa data, e, porque suas majestades estavam por aquela altura na Pena.
Neste locais brincou D. Pedro rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil, que ali nascera em 1798. Era filho de D. João VI e de Carlota Joaquina.
Regressámos a Lisboa nesse fim de tarde de verão.
Jean Baptiste Robillion foi o mestre francês responsável pelo magnífico Pavilhão Robillion, pelos arranjos exteriores e pela renovação. Visitámos aqueles espaços do Palácio graças à ajuda de um dos almoxarifes, meu conhecido de longa data, e, porque suas majestades estavam por aquela altura na Pena.
Neste locais brincou D. Pedro rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil, que ali nascera em 1798. Era filho de D. João VI e de Carlota Joaquina.
Regressámos a Lisboa nesse fim de tarde de verão.
Em Junho de 1888 surge à venda a obra de Eça de Queiroz, Os Maias.
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