23.2.05

Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (3)

Como pretendíamos pernoitar em Sintra, fomos directos ao Lawrence Hotel, deixar as nossas pequenas malas de mão. Erigido em 1764 este é o mais antigo da península ibérica e uma das mais antigas hospedarias da Europa. Consta que ter feito as delícias de Lord Byron, entre outros.
Almoçámos no hotel, na sua esplêndida sala, com vista para a serra de Sintra, entre ilustres desconhecidos, de modos e aspecto muito fino a condizer com o requintado hotel. O Eça apresentou-me a Jane Lawrence Oram, uma velha senhora inglesa, herdeira e dona daquele magnífico hotel, na sua família desde há mais de cem anos.

De tarde vieram os dois burricos para irmos visitar a Pena com seus jardins e caminhos serpenteando entre frondosas árvores, provávelmente plátanos, e com os seus velhos carvalhos e arbustos de grande porte. Mas antes, percorremos as enormes muralhas do castelo mourisco, estratégicamente construído, nas rochas e sobranceiro à vila, com uma visibilidade tão profunda quanto a vista alcança. Desde a formosa várzea até ao mar, alcançando a Ericeira e Mafra de que se via o imponente mosteiro. Bem conservado ainda este monumento.