27.2.05
Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (6)
Encetámos a nossa viagem de regresso a Lisboa, com uma paragem no Palácio de Queluz. A carruagem puxada por dois cavalos e conduzida por um cocheiro experimentado percorreu as pouco mais de duas léguas e meia, pelo caminho inverso da ida. Tempo para rever as paisagens e terrenos circundantes. Em pouco mais de hora e meia chegámos ao alto de Belas, e depois da descida, percorridos pouco mais de um quarto de légua avistámos o nosso destino. Aproximámo-nos pelo lado do nascente, passámos a ponte da ribeira do Jamor – que atravessa aos jardins do palácio – e eis que nos encontramos no largo de entrada deste excelente monumento. Foi o infante D.Pedro futuro rei D.Pedro III quem contratou o Arquitecto Mateus Vicente de Oliveira para transformar esta casa de caça do séc. XVII num palácio de Verão em estilo rococó. O corpo principal do Palácio, construído até 1758, concluiu-se depois do casamento de D. Pedro com D. Maria Francisca, futura Rainha D. Maria I (1760). Por esta altura, enobreceram-se os ricos salões, bem como os encantadores jardins, com os mais variados tipos de fontes barrocas, azulejos e estátuas de mármore coloridas e douradas, influência de modelos característicos ingleses, com predominância de figuras da mitologia clássica e alegorias das estações do ano. São excelentes locais de descanso, com enormes áreas plantadas de vegetação arbórea e áreas relvadas. Das estátuas jorra a água que cai em tanques com peixes de cor diversa.
Jean Baptiste Robillion foi o mestre francês responsável pelo magnífico Pavilhão Robillion, pelos arranjos exteriores e pela renovação. Visitámos aqueles espaços do Palácio graças à ajuda de um dos almoxarifes, meu conhecido de longa data, e, porque suas majestades estavam por aquela altura na Pena.
Neste locais brincou D. Pedro rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil, que ali nascera em 1798. Era filho de D. João VI e de Carlota Joaquina.
Regressámos a Lisboa nesse fim de tarde de verão.
Jean Baptiste Robillion foi o mestre francês responsável pelo magnífico Pavilhão Robillion, pelos arranjos exteriores e pela renovação. Visitámos aqueles espaços do Palácio graças à ajuda de um dos almoxarifes, meu conhecido de longa data, e, porque suas majestades estavam por aquela altura na Pena.
Neste locais brincou D. Pedro rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil, que ali nascera em 1798. Era filho de D. João VI e de Carlota Joaquina.
Regressámos a Lisboa nesse fim de tarde de verão.
Em Junho de 1888 surge à venda a obra de Eça de Queiroz, Os Maias.
Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (5)
Regressámos ao Lawrence para um retemperador banho, e para jantar um excelente bacalhau à Alencar acompanhado de um tinto vinho de areia de Colares. (vinhas plantadas em terrenos arenosos), região que fica ali mesmo ao lado de Sintra. Depois do repasto fomos à sala de fumo onde o Eça colocou um charuto na boquilha, que fumou enquanto saboreávamos um cognac. Conversámos sobre a jornada do dia desde que havíamos saído de Lisboa. Fora um dia cansativo, aos solavancos, mas tinha sido excelente pois os seus apontamentos sobre Sintra estavam, agora, mais actualizados e seriam certamente úteis para a feitura do livro. Eram vinte horas e recolhemo-nos, pois no dia seguinte teríamos mais uma jornada porventura cansativa.
Manhã cedo, mal o sol se via, fomos acordados como pedíramos, pois queríamos ir a Monserrate e a Seteais visitar seus Palácios, e ainda no regresso a Lisboa passar em Queluz. Tomámos o nosso pequeno almoço e aguardámos a chegada da carruagem.
Chegámos a Seteais, atravessámos uma extensa área jardinada bem tratada, e entrámos no Palácio depois a passar um imponente arco triunfal, evocativo da visita de el-rei D.João VI. Este palácio foi construído no finais do século XVIII por Daniel Gildemeester. È realmente uma imponente obra a merecer a nossa visita. Não nos demorámos mais tempo que o necessário para uma rápida vista de olhos. Tinhamos de ir ainda ao palácio de Monteserrate e para lá nos dirigimos atravessando um caminho ladeado por muros de pedra cobertos de era e de vinha virgem amarelecida pela forte estiagem que se fazia sentir. Este palacete é um dos mais interessantes representantes do romantismo em Sintra, com uma enorme torre em forma circular e cúpulas elevadas de grande beleza. È realmente digno de se ver. Belos os seus jardins com exemplares arbóreos de grande envergadura e beleza.
Manhã cedo, mal o sol se via, fomos acordados como pedíramos, pois queríamos ir a Monserrate e a Seteais visitar seus Palácios, e ainda no regresso a Lisboa passar em Queluz. Tomámos o nosso pequeno almoço e aguardámos a chegada da carruagem.
Chegámos a Seteais, atravessámos uma extensa área jardinada bem tratada, e entrámos no Palácio depois a passar um imponente arco triunfal, evocativo da visita de el-rei D.João VI. Este palácio foi construído no finais do século XVIII por Daniel Gildemeester. È realmente uma imponente obra a merecer a nossa visita. Não nos demorámos mais tempo que o necessário para uma rápida vista de olhos. Tinhamos de ir ainda ao palácio de Monteserrate e para lá nos dirigimos atravessando um caminho ladeado por muros de pedra cobertos de era e de vinha virgem amarelecida pela forte estiagem que se fazia sentir. Este palacete é um dos mais interessantes representantes do romantismo em Sintra, com uma enorme torre em forma circular e cúpulas elevadas de grande beleza. È realmente digno de se ver. Belos os seus jardins com exemplares arbóreos de grande envergadura e beleza.
23.2.05
Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (4)
A imponência do Castelo da Pena subjuga o visitante quando nos aproximamos pela estrada, íngreme, bordejada por pedras e muros de barro. Aqui e ali uma ou outra entrada para terrenos particulares, assinala a presença de construções de veraneio. De veraneio, porquanto de inverno Sintra é um suplício de humidade e quase sempre envolto em manto de nevoeiro. Mas voltando à Pena diremos que esta preciosidade constitui o mais completo e notável exemplar representativo da arquitectura portuguesa do Romantismo, remontando a 1840 o início da sua construção. Foi o Barão de Escheweg que o fez erguer sobre as ruínas de um antigo mosteiro, dando-lhe um majestoso “toque” inspirado nos castelos e palácios bávaros. Uma construção muito fantasiosa, mescla de arte mourisca, gótica e manuelina com uma forte inspiração no espírito Wagneriano dos castelo Schincker da Europa Central.
Do alto da Pena avistam-se largas paisagens que são um deleite para os olhos, mostrando a sensibilidade do Deus criador ao manusear o pincel naquela paleta. Simplesmente soberbo.
O Eça foi fazendo suas anotações, observando pequenos detalhes que ao comum dos mortais passariam despercebidos, mas que seriam importantes para o seu livro. O seu silêncio durante estes momentos, que eu respeitava, era uma forma de interiorizar aqueles locais, e que jorrariam como uma torrente de acontecimentos, quando deles precisasse para os seus escritos.
A jornada na serra estava terminada e regressámos a Sintra pelo mesmo caminho. Ali em baixo estava à nossa frente o lindo Palácio da Vila com as suas imponentes chaminés. Este é o único sobrevivente dos paços reais medievais em Portugal, tendo sido construído sobre a residência de antigos muçulmanos, e é paço real desde o início da monarquia. O aspecto actual deve-se aos reis D.João Primeiro e a D. Manuel Primeiro.
Do alto da Pena avistam-se largas paisagens que são um deleite para os olhos, mostrando a sensibilidade do Deus criador ao manusear o pincel naquela paleta. Simplesmente soberbo.
O Eça foi fazendo suas anotações, observando pequenos detalhes que ao comum dos mortais passariam despercebidos, mas que seriam importantes para o seu livro. O seu silêncio durante estes momentos, que eu respeitava, era uma forma de interiorizar aqueles locais, e que jorrariam como uma torrente de acontecimentos, quando deles precisasse para os seus escritos.
A jornada na serra estava terminada e regressámos a Sintra pelo mesmo caminho. Ali em baixo estava à nossa frente o lindo Palácio da Vila com as suas imponentes chaminés. Este é o único sobrevivente dos paços reais medievais em Portugal, tendo sido construído sobre a residência de antigos muçulmanos, e é paço real desde o início da monarquia. O aspecto actual deve-se aos reis D.João Primeiro e a D. Manuel Primeiro.
Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (3)
Como pretendíamos pernoitar em Sintra, fomos directos ao Lawrence Hotel, deixar as nossas pequenas malas de mão. Erigido em 1764 este é o mais antigo da península ibérica e uma das mais antigas hospedarias da Europa. Consta que ter feito as delícias de Lord Byron, entre outros.
Almoçámos no hotel, na sua esplêndida sala, com vista para a serra de Sintra, entre ilustres desconhecidos, de modos e aspecto muito fino a condizer com o requintado hotel. O Eça apresentou-me a Jane Lawrence Oram, uma velha senhora inglesa, herdeira e dona daquele magnífico hotel, na sua família desde há mais de cem anos.
De tarde vieram os dois burricos para irmos visitar a Pena com seus jardins e caminhos serpenteando entre frondosas árvores, provávelmente plátanos, e com os seus velhos carvalhos e arbustos de grande porte. Mas antes, percorremos as enormes muralhas do castelo mourisco, estratégicamente construído, nas rochas e sobranceiro à vila, com uma visibilidade tão profunda quanto a vista alcança. Desde a formosa várzea até ao mar, alcançando a Ericeira e Mafra de que se via o imponente mosteiro. Bem conservado ainda este monumento.
Almoçámos no hotel, na sua esplêndida sala, com vista para a serra de Sintra, entre ilustres desconhecidos, de modos e aspecto muito fino a condizer com o requintado hotel. O Eça apresentou-me a Jane Lawrence Oram, uma velha senhora inglesa, herdeira e dona daquele magnífico hotel, na sua família desde há mais de cem anos.
De tarde vieram os dois burricos para irmos visitar a Pena com seus jardins e caminhos serpenteando entre frondosas árvores, provávelmente plátanos, e com os seus velhos carvalhos e arbustos de grande porte. Mas antes, percorremos as enormes muralhas do castelo mourisco, estratégicamente construído, nas rochas e sobranceiro à vila, com uma visibilidade tão profunda quanto a vista alcança. Desde a formosa várzea até ao mar, alcançando a Ericeira e Mafra de que se via o imponente mosteiro. Bem conservado ainda este monumento.
22.2.05
Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (2)
A caminho de Sintra, percorremos uma estrada ladeada de boas casas com enormes terrenos circundantes. Passámos frente à Igreja, de fundação medieval, recuperada por D. Álvaro de Castro em 1565. É uma igreja de uma só nave coberta por abóbada artesonada quinhentista, e revestida nas paredes laterais de magníficos azulejos azuis e brancos, de oficina lisboeta da 1ª metade do século XVIII, representando cenas da vida de S. Pedro. No interior da sacristia tem um Cristo em marfim de fabrico luso-oriental do sec.XVII.
Percorridos cerca de dois quilómetros entrámos na vila de Sintra, pelo lado sul tendo à nossa direita a enorme mata frondosa que se estende até aos rochedos do Castelo dos Mouros e pela frente um extenso vale verdejante com bastante casario. Sobressaem desta paisagem as duas longas chaminés do palácio da vila de Sintra.
A paisagem domina-nos pela sua exuberante beleza. O seu excelente microclima faz-nos suportar o verão, e que em Lisboa atingira os trinta graus. Aqui uma brisa ligeira e humidade suficiente, faziam a temperatura baixar cerca de oito graus. È esta característica do clima de Sintra que a diferencia de toda a província da Estremadura. Por isto foi escolhida pelos nossos reis para a instalação da residência de Verão.
Percorridos cerca de dois quilómetros entrámos na vila de Sintra, pelo lado sul tendo à nossa direita a enorme mata frondosa que se estende até aos rochedos do Castelo dos Mouros e pela frente um extenso vale verdejante com bastante casario. Sobressaem desta paisagem as duas longas chaminés do palácio da vila de Sintra.
A paisagem domina-nos pela sua exuberante beleza. O seu excelente microclima faz-nos suportar o verão, e que em Lisboa atingira os trinta graus. Aqui uma brisa ligeira e humidade suficiente, faziam a temperatura baixar cerca de oito graus. È esta característica do clima de Sintra que a diferencia de toda a província da Estremadura. Por isto foi escolhida pelos nossos reis para a instalação da residência de Verão.
21.2.05
Eça de Queiroz e eu. Uma viagem imaginária. (1)
Estava à porta do Hotel Central em Lisboa quando encontrei o Eça. Contou-me da suas deambulações pela capital, e convidou-me para um passeio a Sintra, pois estava colhendo apontamentos para um novo romance, cuja acção também se desenrolaria naquela vila. O Eça disse-me para levar na minha maleta uma camisa pois iríamos lá passar uma noite. Sintra tem para mim e julgo que para todos os que a visitam, um encanto especial que nos leva a revisitá-la. Aceitei o convite e combinámos que iríamos no dia seguinte.
Saímos cedo de Lisboa e depois de uma légua percorrida por caminho ladeado por quintas e casas de fidalgos, entrámos em Queluz onde sobressai o seu palácio e jardins cuja construção se iniciou em 1758. Mas como nosso destino era Sintra não nos quedámos por muito tempo em Queluz, que visitaríamos no regresso, no dia seguinte. Percorrida mais uma dezena que quilómetros, aproximámo-nos de uma majestosa serra coberta de muito arvoredo e vegetação, no alto da qual, a Pena e o seu palácio, dominam toda a região.
Entrámos pelo caminho de S. Pedro de Sintra, que nos pareceu melhor conservado. Convém recordar que há um outro acesso à vila, um pouco mais à direita, em caminho irregular, íngreme e sinuoso, caminho tendo à esquerda algumas propriedades muradas e algumas casas de boa qualidade, bem cuidadas, diria mesmo de gente de dinheiro, enquanto à direita, nos debruçamos sobre a linda e extensa várzea de Sintra com os seus enormes terrenos de cultivo, pontilhada aqui e ali por umas quantas casas. Destes terrenos cultivados saem muitos produtos para abastecimento a Lisboa, e outros são vendidos em S.Pedro na sua mui antiga feira, que ali se realiza desde os tempos da ocupação cristã, e que é conhecida pela variedade e qualidade de produtos que ali se comerciam Como era domingo, dia de feira, foi com dificuldade que atravessámos a aldeia. A estrada é o local da feira, que é contida pelo casario lateral. Burricos carregados com cestas cheias de produtos hortícolas, aldeões de jaqueta e casaca, senhores e criadagem de tudo se vê nesta feira. E hoje estava especialmente concorrida. Finalmente aceleramos a marcha da carruagem no caminho da vila de Sintra.
Saímos cedo de Lisboa e depois de uma légua percorrida por caminho ladeado por quintas e casas de fidalgos, entrámos em Queluz onde sobressai o seu palácio e jardins cuja construção se iniciou em 1758. Mas como nosso destino era Sintra não nos quedámos por muito tempo em Queluz, que visitaríamos no regresso, no dia seguinte. Percorrida mais uma dezena que quilómetros, aproximámo-nos de uma majestosa serra coberta de muito arvoredo e vegetação, no alto da qual, a Pena e o seu palácio, dominam toda a região.
Entrámos pelo caminho de S. Pedro de Sintra, que nos pareceu melhor conservado. Convém recordar que há um outro acesso à vila, um pouco mais à direita, em caminho irregular, íngreme e sinuoso, caminho tendo à esquerda algumas propriedades muradas e algumas casas de boa qualidade, bem cuidadas, diria mesmo de gente de dinheiro, enquanto à direita, nos debruçamos sobre a linda e extensa várzea de Sintra com os seus enormes terrenos de cultivo, pontilhada aqui e ali por umas quantas casas. Destes terrenos cultivados saem muitos produtos para abastecimento a Lisboa, e outros são vendidos em S.Pedro na sua mui antiga feira, que ali se realiza desde os tempos da ocupação cristã, e que é conhecida pela variedade e qualidade de produtos que ali se comerciam Como era domingo, dia de feira, foi com dificuldade que atravessámos a aldeia. A estrada é o local da feira, que é contida pelo casario lateral. Burricos carregados com cestas cheias de produtos hortícolas, aldeões de jaqueta e casaca, senhores e criadagem de tudo se vê nesta feira. E hoje estava especialmente concorrida. Finalmente aceleramos a marcha da carruagem no caminho da vila de Sintra.
20.2.05
Com a maioria absoluta
o governo socialista deixa de poder atribuir aos partidos da oposição as culpas para não atingir os seus objectivos anunciados, ou para não avançar com as reformas prometidas.
E agora meus senhores ?
E agora meus senhores ?
17.2.05
Subsídio vitalício para "menino azul"
finalmente atribuído um apoio para esta família sofredora com a doença do filho. Foi preciso a mãe ter vindo para a comunicação social televisiva para que o assunto merecesse apoio e celeridade na resolução.
Ver a notícia aqui..
Mais uma demonstração do poder da informação...
16.2.05
Interessante
os tipos de pão produzidos, alguns desconhecidos, mas específicamente destinados a grandes e especiais consumidores. Não vi ali o tão agradável pão de alho... A ver aqui esta interessante actividade : http://www.primiciasdotrigo.com.br/
Reencontros
após umas dezenas de anos sem saber de amigos, de antigos colegas de escola e até mesmo de alguns familiares, tem sido o meu dia a dia destas últimas semanas. Graças a uma maior disponibilidade de tempo, e ao interesse por esta coisa nova da tecnologia da comunicação electrónica chamada de internet, foram possiveis reencontros, uns procurados e outros inesperados. Acabei sabendo de antigos colegas, uns directamente, e outros que foram prevenidos que eu aparecera, e me vieram procurar. E tive a grata alegria do voltar a saber de quem connosco partilhou no mesmo tempo e o espaço na nossa mocidade, na idade que mais nos marca a todos.
E também membros de minha família acabaram sendo "apanhados", já que uns estavam mesmo perdidos de qualquer contacto, e algumas diligências para deles saber foram infrutíferas. O milagre que conseguiu ajudar estes contactos foi o forum da diáspora angolana que recomendo. ( http://www.sanzalangola.com)
E acabei por ter acesso a fotografias antigas e actuais de Angola que me fazem reviver bons momentos.
Nestas emoções que estou vivendo, destaco a capacidade da memória em trazer á superficie acontecimentos, rostos e imagens que pensávamos há muito perdidos, como que uma melhoria das perfomances da memória por via dos exercícios e esforço. Interessante.
15.2.05
Doenças incuráveis, incapacitantes e progressivas
Meu caro FL.
Grato pela sua mensagem. Lamento a sua sorte, mas há que ser optimista, pois o assunto está em andamento, agora interrompido por esta situação política e de eleições mas certamente vai voltar a movimentar-se. Cá estaremos para recordar os governantes... Promessas há sempre muitas nesta época de eleições. Dizem-me que os socialistas são sempre mais sensiveis a questões de ordem social. Vamos ver se Sócrates, ao ser confrontado com esta situação, diz como tem dito... "É muito simples".
Eu espero, e você e o outro, e o outro, e assim uns milhares de portugueses. Mantenha-se vigilante.
Grato pela sua mensagem. Lamento a sua sorte, mas há que ser optimista, pois o assunto está em andamento, agora interrompido por esta situação política e de eleições mas certamente vai voltar a movimentar-se. Cá estaremos para recordar os governantes... Promessas há sempre muitas nesta época de eleições. Dizem-me que os socialistas são sempre mais sensiveis a questões de ordem social. Vamos ver se Sócrates, ao ser confrontado com esta situação, diz como tem dito... "É muito simples".
Eu espero, e você e o outro, e o outro, e assim uns milhares de portugueses. Mantenha-se vigilante.
O que me dizem os outros: Também eu sou ...
Pelo título "Esperançado" vejo que este tema pode ter bastante interesse para mim, pois também me vou ter de reformar por incapacidade por ser portador de doença muscular, progressiva e sem cura. E ando preocupado como vou sobreviver com uma reforma baixíssima, e com gastos de transportes e fisioterapia a que me tenho de sujeitar para ter o mínimo de qualidade de vida. Aqui está mais uma voz a juntar à sua. F.L.
Esperançado
em que o próximo governo, qualquer que ele seja, tome finalmente a decisão de legislar sobre o apoio aos doentes de doenças crónicas, sem cura, e que foram reformados pela incapacidade em se manterem a trabalhar. É que por esta razão, viram amputada a sua contribuição para a sua reforma social, e acabam reformados com poucos anos, e menores rendimentos. Mas isso não é assim para todos os doentes. Uns, portadores de uma doença, beneficiam de apoio, se forem reformados. Se forem aposentados já não beneficiam. Aposentado é um beneficiário da Caixa Geral de Aposentações. Reformado é um beneficiário da Caixa Nacional de Pensões....Essa a diferença. Mas há mais. Ser portador de algumas doenças incapacitantes não significa que tenha qualquer apoio. Umas doenças são tomadas em conta para apoios e outras não. Resultado há uma flagrante violação da constituição. Desde Abril de 2004 que finalmente, e por uma acção do Provedor de Justiça, junto do Governo, e também pela própria CGA, que este assunto foi agendado para a constituição de uma comissão para resolução deste assunto. Desde essa data que o assunto ficou parado no gabinete do Secretário de Estado do Orçamento (estas coisas envolvem sempre o vil metal), mas nós cá estamos para ir lembrando os novos senhores da governação....
Mare nostru...
Mar tranquilo, por vezes revolto. Um golfinho na quietude do mar açoreano. O homem é como o oceano, imprevisível, calmo ou muito agitado.
O que me dizem outros: Sensações... calor e frio
Meu amigo, cruzava algumas páginas desinteressadamente e deparou-se-me este blog. Essa foto me arrebatou e me fez transportar para ela, ao menos em sonho em que esfaço. E teu breve comentário do frio me veio espicaçar uma velha sensação. Não te assustes, vou me apresentar: sou Heautontimorumenos, brasileiro, "pouso no Casa de Usher" e sou fascinado pelo frio europeu que tanto contrasta com o calor infernal que está agora no Brasil